segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023
Stephen Hawking ~ O Universo numa Casca de Noz
O Universo numa Casca de Noz edição Ilustrada
Stephen Hawking*SINOPSE
O autor de "Uma Breve
História do Tempo" (publicada em 1998, traduzida em 40 línguas, e que já
vendeu para cima de 25 milhões de exemplares), um dos nomes maiores da Física à
escala planetária, resolveu escrever um novo livro, "O Universo numa Casca
de Noz", onde nos dá conta (de um modo simples e fácil para os leigos - o
cientista reconhece mesmo, no prefácio a este novo livro, que o anterior não
seria muito fácil de perceber para a maioria das pessoas e se impunha escrever
um outro, que todos pudessem entender) das "últimas do reino da
Física".
Começa com uma breve
explicação da teoria da relatividade e das leis básicas que regulam o universo
e, a partir daí, analisa diversos tópicos da nossa contemporaneidade, como os
buracos negros ou as viagens no tempo, ou como no futuro se interligarão a vida
humana e a vida tecnológica. Escrito com humor, referindo episódios da sua vida
(que é uma lenda e um exemplo; o cientista vive numa cadeira de rodas desde os
vinte anos, devido a doença degenerativa neurológica, e, para além da
genialidade, é um exemplo de persistência, coragem e optimismo), e com uma
série de fotografias a acompanhá-lo, o livro obteve o prémio Avensis, o mais
importante galardão para as obras científicas.
"Uma das grandes
diferenças da Casca de Noz em relação à austeridade da Breve História do Tempo
está sem dúvida no fantástico grafismo. Metade do livro são figuras, mais ou
menos artísticas, muitas vezes a cores. Elas ilustram, de forma simples, mas
arrebatadora, ideias científicas, equações, ou os próprios cientistas. Além de
tudo o resto, o livro é uma explosão de luz e cor, quase uma obra de arte.
Desta vez será difícil um leitor interessado pousar o livro. A edição
portuguesa está em todos os aspectos ao nível da original: graficamente
perfeita, com tradução, do físico Paulo Ivo Teixeira, absolutamente exemplar.
(...) Hawking quis deixar, a todos nós, uma obra-prima. Na minha opinião,
conseguiu."
Jorge Buescu, Os Meus
Livros, nº 4
§
SINOPSE
O autor de "Uma Breve História do Tempo" (publicada em 1998, traduzida em 40 línguas, e que já vendeu para cima de 25 milhões de exemplares), um dos nomes maiores da Física à escala planetária, resolveu escrever um novo livro, "O Universo numa Casca de Noz", onde nos dá conta (de um modo simples e fácil para os leigos - o cientista reconhece mesmo, no prefácio a este novo livro, que o anterior não seria muito fácil de perceber para a maioria das pessoas e se impunha escrever um outro, que todos pudessem entender) das "últimas do reino da Física".
Começa com uma breve explicação da teoria da relatividade e das leis básicas que regulam o universo e, a partir daí, analisa diversos tópicos da nossa contemporaneidade, como os buracos negros ou as viagens no tempo, ou como no futuro se interligarão a vida humana e a vida tecnológica. Escrito com humor, referindo episódios da sua vida (que é uma lenda e um exemplo; o cientista vive numa cadeira de rodas desde os vinte anos, devido a doença degenerativa neurológica, e, para além da genialidade, é um exemplo de persistência, coragem e optimismo), e com uma série de fotografias a acompanhá-lo, o livro obteve o prémio Avensis, o mais importante galardão para as obras científicas.
"Uma das grandes
diferenças da Casca de Noz em relação à austeridade da Breve História do Tempo
está sem dúvida no fantástico grafismo. Metade do livro são figuras, mais ou
menos artísticas, muitas vezes a cores. Elas ilustram, de forma simples, mas
arrebatadora, ideias científicas, equações, ou os próprios cientistas. Além de
tudo o resto, o livro é uma explosão de luz e cor, quase uma obra de arte.
Desta vez será difícil um leitor interessado pousar o livro. A edição
portuguesa está em todos os aspectos ao nível da original: graficamente
perfeita, com tradução, do físico Paulo Ivo Teixeira, absolutamente exemplar.
(...) Hawking quis deixar, a todos nós, uma obra-prima. Na minha opinião,
conseguiu."
Jorge Buescu, Os Meus Livros, nº 4
O Universo numa Casca de Noz
ISBN:
9789726628262
Editor:
Gradiva
Idioma:
Português
Dimensões:
200 x 260 mm
Encadernação:
Capa dura
Páginas:
216
Provocante e erudito [...] Um livro cheio de analogias inteligíveis e de humor, sobretudo às custas do próprio autor [...] E o melhor de tudo são as muitas ilustrações: bem concebidas, belissimamente reproduzidas, frequentemente excêntricas. Time Magazine
A graça, erudição e talento literário de Hawking estão em evidência neste novo livro, mais fácil de compreender do que Breve História do Tempo. USA Today
O Universo Numa Casca de Noz é diferente. É muito mais acessível [do que Breve História do Tempo] e está recheado com o humor sardónico de Hawking [...] Um livro de leitura muito agradável que discute tópicos de investigação de ponta em gravidade quântica sem deixar de ser, na sua maior parte, perfeitamente acessível. Dele transparece a admiração que o autor sente face ao cosmos, bem como o seu progresso incerto - qual criança que se aventura na escuridão - rumo à derradeira teoria de tudo.
Joseph Silk
Laboratório
de Física Nuclear e Astrofísica, Universidade de Oxford, Reino Unido.
Claro,
conciso e acessível, temperado aqui e ali com humor sarcástico.
(em construção)
(Post by Zé Marrana)
Física ~ Stephen Hawking
A Teoria de Tudo A Origem e o Destino do Universo
Grande divulgador de ciência, mas também cientista brilhante, Hawking acredita que os avanços da física teórica devem «poder ser compreendidos pelo grande público, e não apenas por alguns cientistas». Neste livro, propõe-nos a extraordinária aventura da descoberta do cosmos e do nosso lugar nele. Em sete lições, responde à curiosidade de todos aqueles que já olharam fascinados para o firmamento e se perguntaram o que há lá em cima e como foi lá parar. Hawking começa com a história das teorias do universo, desde Aristóteles, que afirmou que a Terra era redonda, até à descoberta de Hubble, mais de dois mil anos mais tarde, de que o universo se encontra em expansão. Partindo daí, explora os confins da física moderna, incluindo as teorias da origem do universo e a natureza dos buracos negros e do espaço-tempo.
§
Da sua investigação na área dos buracos negros, a que se dedicou durante mais de uma década, afirma: «é um pouco como procurar um gato preto numa carvoaria». Por fim, levanta algumas questões da física moderna que continuam sem resposta, especialmente como combinar todas as teorias parciais numa «teoria da unificação de tudo». «Se descobrirmos a resposta a esta questão», declara, «atingiremos o triunfo máximo da razão humana – porque então conheceremos a mente de Deus.»
§
STEPHEN
HAWKING (1942-2018) foi considerado o físico teórico mais brilhante desde
Einstein. Autor de vários livros e inúmeros artigos científicos, ocupou a
cátedra, outrora atribuída a Isaac Newton, de Professor Lucasiano na
Universidade de Cambridge. A divulgação da ciência constituiu desde sempre uma
das suas maiores preocupações.
A Gradiva tem publicados os seus livros Breve História do Tempo, O Fim da Física, Breve História do Tempo Ilustrada, O Universo numa Casca de Noz, A Teoria de Tudo – A Origem e o Destino do Universo e A Minha Breve História e, ainda, em coautoria com Leonard Mlodinow, Brevíssima História do Tempo e O Grande Desígnio e, em coautoria com Roger Penrose, A Natureza do Espaço e do Tempo.
*
O
Universo numa Casca de Noz
*
ISBN: 9789726628262
Editor: Gradiva
Idioma: Português
Dimensões: 200 x 260 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 216
Breve
História do Tempo Ilustrada
*
ISBN: 9789726625117
Editor: Gradiva
Idioma: Português
Dimensões: 200 x 260 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 248
https://www.wikiwand.com/pt/Stephen_Hawking
Físico
teórico e matemático britânico, Stephen William Hawking nasceu a 8 de janeiro
de 1942, em Oxford, precisamente 300 anos após a morte de Galileu, como o
próprio costumava lembrar. Hawking dedicou-se à pesquisa e ao estudo da
natureza do contínuo espaço-tempo e das anomalias que ali ocorrem - as
singularidades.
Embora o seu pai tivesse apreciado que escolhesse Medicina, Stephen acabaria por ingressar no University College, em Oxford, para estudar Física (uma vez que o curso de Matemática, o seu eleito, não existia naquela universidade). Depois de lhe ter sido diagnosticada a ALS (Amyotrophic Lateral Sclerosis) - uma doença neuromotora que afeta progressivamente o sistema motor e vocal - Hawking viu-se forçado a realizar mentalmente cálculos matemáticos extensos.
No
campo da cosmologia, dedicou-se particularmente, desde 1974, ao estudo dos
buracos negros e ao comportamento da matéria nas suas vizinhanças; ao descobrir
que aqueles emitiam radiações, formulou uma teoria, para explicar este facto,
baseada no Princípio de Incerteza de Heisenberg, que resolve o problema
relativo à termodinâmica dos buracos negros.
Partindo
de alguns pressupostos básicos e da Teoria da Relatividade Geral de Einstein,
Stephen Hawking previu que o nosso Universo deverá ter começado com uma dessas
singularidades em que as leis da física einsteiniana perdem a validade.
Uma
das características que mais se destacaram no cientista foi a facilidade de
exposição destes assuntos e teorias a audiências muito latas. O seu livro A
Brief History of Time: From the Big Bang to Black Holes (1988, Breve História
do Tempo) revelou-se o livro de divulgação científica mais vendido de sempre.
Em
julho de 2004, na Conferência Internacional sobre Relatividade Geral e
Gravitação, Stephen Hawking admitiu que a sua teoria sobre o desaparecimento da
matéria nos buracos negros estava errada.
Faleceu
em março de 2018 aos 76 anos.
O professor Stephen Hawking é visto durante sua chegada ao Cambridge Union, no condado de Cambridgeshire, Inglaterra - 21/11/2017 Chris Williamson/Getty Images
(em construção)
(Post by Zé Marrana)
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023
A HISTÓRIA DO AMOR
Nicole Krauss nasceu em Nova Iorque, em 1974. O seu
primeiro romance, intitulado "Man Walks into a Room", foi considerado Livro do Ano
pelo Los Angeles Times. A sua obra ficcional surgiu em publicações como a New
Yorker, a Esquire e a Best American Short Stories, e os seus livros estão
traduzidos em mais de trinta e cinco línguas. É autora do best-seller
internacional "A História do Amor", romance publicado pela Dom Quixote, que a
confirmou como uma das autoras mais notáveis da sua geração. Com ele venceu o
William Saroyan International Prize for Writing e o Prémio do Melhor Livro
Estrangeiro (França), e foi finalista dos prémios Orange, Médicis e Femina. É
considerada pela The New Yorker uma das maiores escritoras com menos de 40
anos.
Leo Gursky tenta sobreviver mais algum tempo, batendo no
radiador todas as noites para dar a saber ao seu vizinho de cima que ainda está
vivo e fazendo recair sobre si as atenções ao balcão do Starbucks do bairro.
Mas a vida nem sempre foi assim: há sessenta anos, na aldeia polaca onde
nasceu, Leo apaixonou-se e escreveu um livro. E, embora não o saiba, esse livro
também sobreviveu: atravessou oceanos e gerações, e mudou vidas. Alma tem
catorze anos e foi assim baptizada em honra de uma personagem desse livro.
Passa a vida a vigiar Bird, o seu irmão mais novo (que acredita poder ser o
Messias) e a tomar notas num caderno intitulado Como Sobreviver na Selva -
Volume III. Mas no dia em que uma misteriosa carta lhe chega pelo correio
começa uma aventura para descobrir a sua homónima e salvar a família. Neste seu
extraordinário novo romance, Nicole Krauss criou algumas das personagens mais
memoráveis e tocantes da ficção recente numa história transbordante de
imaginação, humor e paixão. É um livro apaixonante, de uma
criatividade admirável e fora do normal. O livro é dividido em várias histórias
paralelas cada uma delas tem um símbolo diferente, e conta como uma influencia
a outra, ainda que nenhuma das duas saiba da sua existência. É apaixonante.
(Post by Jota Marques)
COMO VER UM FILME
Editora: Bertrand (Maio 2016)
Tradução de Mónica Galeão
Capa de Rui Rodrigues
Dimensões: 147 X 233 X 18 mm
Nº de páginas: 240
ISBN: 978-972-253-129-9
David Thomson (Londres, 1941) é um reconhecido
crítico de cinema, historiador e autor. Reside em São Francisco, nos Estados
Unidos da América, onde colabora regularmente com The New York Times, tendo
também escrito para The Guardian e The Independent. A sua escrita passa
naturalmente pelos guiões cinematográficos, mas confessa que prefere os livros
e por isso mesmo já publicou mais de 20 obras que vão da biografia à novela.
Segundo Leon Wieseltier, «uma das grandes bênçãos da nossa cultura é a paixão
de David Thompson pelo cinema.» Efectivamente, “Como Ver um Filme” lê-se de um
só fôlego, quer sejamos cinéfilos quer não entendamos patavina do que realmente
é o cinema! Ou seja, qualquer que seja o tipo de público, este livro vai cimentar
a paixão pela 7ª Arte ou, por outro lado, esclarecer os apenas curiosos por essas
coisas chamadas filmes.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023
FILOSOFIA ~ EDITORA GRADIVA ~ ROGER SCRUTON
A
Natureza Humana
Roger
Scruton
BIOGRAFIA
Sir Roger Scruton foi
um filósofo, escritor e crítico cultural britânico que praticamente dispensa
apresentação. A sua vasta e multifacetada obra, além da sua contribuição para a
discussão pública de ideias, fazem dele um dos mais respeitados intelectuais do
nosso tempo, mesmo pelos que não partilham os seus pontos de vista. Da
filosofia política à filosofia moral e à estética, passando pela metafísica e
pela história da filosofia, os seus livros têm sido traduzidos para várias
línguas, incluindo o português. Scruton foi também compositor, sendo autor de
duas óperas.
Roger Scruton (27 de
fevereiro de 1944 - 12 de janeiro de 2020) foi um dos mais importantes
filósofos britânicos. Doutorado em Filosofia pela Universidade de Cambridge.
Lecionou na Universidade de Buckingham, onde dirigiu o mestrado em Filosofia, e
na Universidade de Oxford. Foi membro do Centro de Ética e Políticas Públicas
de Washington, nos Estados Unidos. Em 2016, Isabel II condecorou-o com o título
de Knight Bachelor, pelos serviços prestados à filosofia, à docência e ao
ensino público.
Tem mais de 50 livros publicados, entre ensaio, ficção e teatro, incluindo as obras O Ocidente e o Resto, Guia de Filosofia para Pessoas Inteligentes, Beleza e Breve História da Filosofia Moderna, editados em Portugal pela Guerra e Paz. Fundou a revista de orientação conservadora The Salisbury Review, que editou de 1982 a 2001, e escreveu artigos na imprensa britânica com regularidade.
*
Roger
Scruton Was a Conservative.
But What
Kind?
The philosopher, who died this month, defied stereotypes by remaining true to his moral sensibility.
Jan. 29, 2020
https://www.nytimes.com/2020/01/29/opinion/roger-scruton.html
*
ISBN: 9789896168001
Editor: Gradiva
Dimensões: 134 x 207 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 152
Coleção: Filosofia Aberta
*
Neste
livro, Roger Scruton lança um olhar original sobre a natureza humana, sem
deixar de ter em conta os mais sólidos resultados científicos — da biologia à
ciência cognitiva e da psicologia à etologia — mas também o legado das artes e
da cultura em geral. E consegue fazê-lo com elegância e concisão, sem
tecnicismos nem referências gratuitas.
Ao
defender que o ser humano não é apenas um animal racional, Scruton procura, de
forma corajosa mas tranquila, mostrar como se pode fazer uma leitura do que as
ciências têm para nos contar muito diferente da que tem sido habitual. Nesse
sentido, Scruton rejeita não só as perspectivas de muitos psicólogos
evolucionistas, mas também as concepções morais utilitaristas e sobretudo as
abordagens materialistas da natureza humana — como as de Daniel Dennett e
Richard Dawkins —, argumentando que não encontraremos a verdadeira natureza
humana em animais racionais despojados dos elos essenciais que, além da
biologia e da racionalidade, nos definem como seres que partilham um mesmo
universo de valor. De acordo com Scruton, é neste universo de fidelidades,
obrigações, direitos e relações que se descobre o eu que cada um de nós é e se
revela a nossa natureza singular: a de sermos pessoas. Isto, sustenta Scruton,
é algo que nenhuma categoria biológica permite compreender.
É
no contexto dessa concepção da natureza humana decididamente personalista que
Scruton nos fala do significado humano do riso, da sexualidade, do prazer, da
culpa ou da moral, transferindo para quem o lê uma enorme bagagem literária e
cultural que, mesmo quando defende pontos de vista não coincidentes com os do
leitor, não deixa de ser intelectualmente gratificante.
Este
é um livro que, apesar da relevância e centralidade do tema, não exige qualquer
iniciação filosófica prévia, pelo que certamente interessa a qualquer pessoa
culta e com os mais diversos interesses pessoais e profissionais.
(Post by Zé Marrana)
sábado, 18 de fevereiro de 2023
LOREN ALLRED ~ NEVER ENOUGH
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023
BORN FREE
Editora: Livros do Brasil
Tradução de Armando Ferreira
Capa de Infante do Carmo
Prefácio de Lord William Percy
Apresentação do Capitão Charles Pitman
Dimensões: 145 X 210 X 18 mm
Nº de páginas:184
Nº de fotografias a P/B: 28
“Born Free” causou sensação quando foi
publicado pela primeira vez em 1960. Primeiro livro de uma escritora checa
chamada Joy Adamson, o livro conta a experiência que a autora teve juntamente com
o seu marido, George Adamson, ao devolverem à vida selvagem uma leoa por eles criada
desde os três meses de idade, numa reserva de caça do Quénia, durante os
últimos anos da década de 1950. Na altura foi um êxito extraordinário de vendas,
tendo estado 13 semanas em 1º lugar dos bestsellers do New York Times. O
sucesso estendeu-se practicamente a todo o mundo, tendo havido traduções em
inúmeras línguas. Tal êxito daria origem a um filme, com o mesmo nome, que
estreou EUA a 4 de Março de 1966. Com argumento de Lester Cole e da própria
escritora, a realização foi entregue a James Hill. O próprio George Adamson foi
colaborador durante a produção do filme. Os papéis principais foram entregues a
Virginia McKenna e Bill Travers (casados na vida real), e o binómio
livro/película teve um enorme impacto sobre a conservação dos animais selvagens
e o meio ambiente.
Em Portugal, quer o livro
quer o filme, foram apresentados com o nome de “Uma Leoa Chamada Elsa”. Tinha 13
anos quando vi o filme pela primeira vez em Julho de 1966, altura em que a
estreia ocorreu em Johannesburg. Para alguém nascido e criado no continente
africano, aquela pequena história veio cimentar ainda mais a minha paixão por
África, nessa altura em fase acelerada de crescimento. Foi por isso um filme
que marcou o início da minha adolescência, apesar de só muito mais tarde ter tido
acesso ao livro. Aliás, não é caso único: considero-me mais cinéfilo do que
leitor, e ao longo da vida foi o cinema que me serviu de introdução a muitas
obras literárias. De recordar ainda a homónima e belíssima canção do filme (galardoada
com o respectivo Oscar, bem como o score musical), composta por John
Barry (música) e Don Black (letra) e popularizada na voz de Matt Monro.
Nascida a 20 de Janeiro de
1910 em Silesia, na parte austríaca, Friederike Victoria Gessner foi educada em
Viena, estudando música, escultura e medicina. Casou-se pela primeira vez com
25 anos, mas o casamento não durou muito. Em 1937 viajou para o Quénia, onde
conheceu o segundo marido, o botânico Peter Bally, que lhe deu a alcunha de
Joy. O apelido Adamson só o viria a obter em 1944, quando se casou pela
terceira e última vez com George Adamson, guarda de uma reserva de animais
selvagens, que conheceu durante um safari. A dedicação do casal aos animais
culminou, como se sabe, na história da leoa Elsa (assim chamada porque Joy
tinha tido na sua juventude uma grande amiga com esse mesmo nome). Em Janeiro
de 1961, um ano depois do lançamento do livro, Elsa, a “estrela” principal,
viria a morrer, vítima da chamada febre do carrapato (tick fever). Foi
enterrada no Meru National Park.
A partir dessa data o casal
separou-se, seguindo cada um deles rumos diferentes, apesar de oficialmente
nunca se terem divorciado. Permaneceram bons amigos, passando inclusive muitos
natais juntos. Joy Adamson viria a falecer na reserva nacional do Shaba, a 3 de
Janeiro de 1980 (a 17 dias de completar os 70 anos), assassinada por um
empregado. Foi cremada, e as cinzas deitadas no local onde Elsa se encontrava
sepultada. Além de escritora, Joy era uma conceituada pintora, e muitos dos
seus mais de 500 trabalhos encontram-se expostos num museu de Nairobi. George
Adamson viveria mais nove anos do que a mulher, tendo morrido também no Quénia,
aos 83 anos, e também assassinado por foragidos. Encontra-se sepultado junto ao
seu leão favorito, de nome Boy. Três anos antes da sua morte, George tinha
publicado a sua autobiografia, intitulada “My Pride and Joy”.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023
Poesia ~ o meu corpo humano ~ Maria do Rosário Pedreira
Maria
do Rosário Pedreira vence prémio literário Correntes d’Escritas 2023
*
*
Maria do Rosário Pedreira (Lisboa, 21 de setembro de 1959) é uma editora, escritora, poetisa e letrista portuguesa. É a mais mediática editora portuguesa, responsável editorial no grupo LeYa.
Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses, foi professora durante cinco anos, na década de 1980.
Em 1987 tornou-se editora graças ao esforço do Prof. António Manuel Baptista. Iniciou esta atividade na área dos livros de divulgação científica.
Como escritora, tem publicados vários trabalhos de ficção, poesia, crónicas e literatura juvenil, procurando neste último género a transmissão de valores humanos e culturais. Para a autora – já distinguida com alguns prémios literários –, a casa pode ser considerada como um mundo onde se encerra tudo aquilo que vai perdurando, mesmo que sob a forma da memória, nostalgicamente.
É autora de várias letras musicais, cantadas por Carlos do Carmo, António Zambujo, Aldina Duarte, Ana Moura e, mais recentemente, por Salvador Sobral.
*
A escritora portuguesa Maria do Rosário Pedreira venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa 2023, com o livro “O Meu Corpo Humano”, atribuído no âmbito do encontro literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, anunciou hoje a organização.
O júri do concurso decidiu distinguir a obra desta autora, de 63 anos, nascida em Lisboa, enaltecendo em “O Meu Corpo Humano” “a sua coerência temática e estilística, bem como a ousadia na forma como aborda a experiência do corpo humano nas suas múltiplas dimensões”.
*
O Meu Corpo Humano
de Maria do Rosário Pedreira
Editor: Quetzal Editores
Edição: abril de 2022
§
É o meu corpo
humano: vê, ouve,
toca, pensa e
dói-lhe
Volto porque
Preciso muito
Que me amem.
¨*¨
peito
Todos querem saber se
os meus
lábios ainda estão
cheios dos teus
beijos, se as minhas
mãos se abrem
ainda para as tuas nos
passeios de
verão. Mil olhos me
perguntam se
este corpo que vêem
agora assim
amarrotado continua a
receber-te
na cama, antes do
sono, quando o
pano azul-escuro da
noite cai sobre
o mundo e o vento leva
as estrelas
para longe de casa.
Não lhes conto:
o que há no meu peito
é entre nós.
¨*¨
Útero
Ando com o filho à
fome. Os dois
no mesmo corpo, a
beliscar a morte
todos os dias. Feito
de mim, o menino
já não reclama e
adormece por horas
sentado no ventre. No
hospital,
a doutora quer saber o
que comemos,
e eu digo que quase
sempre correntes
de ar – em dias de
sorte, um vento
salgado. Ela franze o
nariz ao que julga
piada; mas depois
estranha o meu filho
tão quieto e pergunta
se costumo falar
com ele. Digo que sim,
que me responde
o eco do estômago vazio.
*****
Há uma melancolia que atravessa o livro, uma “tristeza passada a ferro,/ sem um vinco”, consciência das sombras que pairam sobre o tempo presente, espectros de fomes e misérias e horrores da guerra, despertando-nos “de um escândalo para outro escândalo”, como se diz numa invocação dantesca, em diálogo com o Canto VI da “Divina Comédia”. Mas guardamos sobretudo os achados, as súbitas iluminações: a “saudade” como “um sulco na terra”; freixos a “estenderem os braços para o verão”; ameixas que são “lâmpadas acesas”. E essa capacidade de fixar imagens que se tornam mais espessas a cada nova leitura: “A camisa branca estendida na corda/ do quintal é uma nuvem. Há pouco, / quando a fui pendurar, ainda chovia. // Agora, que o vento sopra forte dentro/ dela, vejo de repente o teu tronco a/ vesti-la. Porém, se estendo os braços/ para ele, só encontro o vazio. / Triste, // tento dizer-me que é apenas uma/ camisa; mas, sem querer, volto// para casa com a nuvem na cabeça.” / JOSÉ MÁRIO SILVA (Expresso 50)