segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

FILOSOFIA ~ EDITORA GRADIVA ~ ROGER SCRUTON

 

A Natureza Humana
Roger Scruton

BIOGRAFIA

Sir Roger Scruton foi um filósofo, escritor e crítico cultural britânico que praticamente dispensa apresentação. A sua vasta e multifacetada obra, além da sua contribuição para a discussão pública de ideias, fazem dele um dos mais respeitados intelectuais do nosso tempo, mesmo pelos que não partilham os seus pontos de vista. Da filosofia política à filosofia moral e à estética, passando pela metafísica e pela história da filosofia, os seus livros têm sido traduzidos para várias línguas, incluindo o português. Scruton foi também compositor, sendo autor de duas óperas.

Roger Scruton (27 de fevereiro de 1944 - 12 de janeiro de 2020) foi um dos mais importantes filósofos britânicos. Doutorado em Filosofia pela Universidade de Cambridge. Lecionou na Universidade de Buckingham, onde dirigiu o mestrado em Filosofia, e na Universidade de Oxford. Foi membro do Centro de Ética e Políticas Públicas de Washington, nos Estados Unidos. Em 2016, Isabel II condecorou-o com o título de Knight Bachelor, pelos serviços prestados à filosofia, à docência e ao ensino público.

Tem mais de 50 livros publicados, entre ensaio, ficção e teatro, incluindo as obras O Ocidente e o Resto, Guia de Filosofia para Pessoas Inteligentes, Beleza e Breve História da Filosofia Moderna, editados em Portugal pela Guerra e Paz. Fundou a revista de orientação conservadora The Salisbury Review, que editou de 1982 a 2001, e escreveu artigos na imprensa britânica com regularidade.

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Roger Scruton Was a Conservative.
But What Kind?

The philosopher, who died this month, defied stereotypes by remaining true to his moral sensibility.

Jan. 29, 2020

https://www.nytimes.com/2020/01/29/opinion/roger-scruton.html

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ISBN: 9789896168001
Editor: Gradiva
Dimensões: 134 x 207 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 152
Coleção: Filosofia Aberta


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Neste livro, Roger Scruton lança um olhar original sobre a natureza humana, sem deixar de ter em conta os mais sólidos resultados científicos — da biologia à ciência cognitiva e da psicologia à etologia — mas também o legado das artes e da cultura em geral. E consegue fazê-lo com elegância e concisão, sem tecnicismos nem referências gratuitas.

Ao defender que o ser humano não é apenas um animal racional, Scruton procura, de forma corajosa mas tranquila, mostrar como se pode fazer uma leitura do que as ciências têm para nos contar muito diferente da que tem sido habitual. Nesse sentido, Scruton rejeita não só as perspectivas de muitos psicólogos evolucionistas, mas também as concepções morais utilitaristas e sobretudo as abordagens materialistas da natureza humana — como as de Daniel Dennett e Richard Dawkins —, argumentando que não encontraremos a verdadeira natureza humana em animais racionais despojados dos elos essenciais que, além da biologia e da racionalidade, nos definem como seres que partilham um mesmo universo de valor. De acordo com Scruton, é neste universo de fidelidades, obrigações, direitos e relações que se descobre o eu que cada um de nós é e se revela a nossa natureza singular: a de sermos pessoas. Isto, sustenta Scruton, é algo que nenhuma categoria biológica permite compreender.

É no contexto dessa concepção da natureza humana decididamente personalista que Scruton nos fala do significado humano do riso, da sexualidade, do prazer, da culpa ou da moral, transferindo para quem o lê uma enorme bagagem literária e cultural que, mesmo quando defende pontos de vista não coincidentes com os do leitor, não deixa de ser intelectualmente gratificante.

Este é um livro que, apesar da relevância e centralidade do tema, não exige qualquer iniciação filosófica prévia, pelo que certamente interessa a qualquer pessoa culta e com os mais diversos interesses pessoais e profissionais.


(Post by Zé Marrana)

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