A
Natureza Humana
Roger
Scruton
BIOGRAFIA
Sir Roger Scruton foi
um filósofo, escritor e crítico cultural britânico que praticamente dispensa
apresentação. A sua vasta e multifacetada obra, além da sua contribuição para a
discussão pública de ideias, fazem dele um dos mais respeitados intelectuais do
nosso tempo, mesmo pelos que não partilham os seus pontos de vista. Da
filosofia política à filosofia moral e à estética, passando pela metafísica e
pela história da filosofia, os seus livros têm sido traduzidos para várias
línguas, incluindo o português. Scruton foi também compositor, sendo autor de
duas óperas.
Roger Scruton (27 de
fevereiro de 1944 - 12 de janeiro de 2020) foi um dos mais importantes
filósofos britânicos. Doutorado em Filosofia pela Universidade de Cambridge.
Lecionou na Universidade de Buckingham, onde dirigiu o mestrado em Filosofia, e
na Universidade de Oxford. Foi membro do Centro de Ética e Políticas Públicas
de Washington, nos Estados Unidos. Em 2016, Isabel II condecorou-o com o título
de Knight Bachelor, pelos serviços prestados à filosofia, à docência e ao
ensino público.
Tem mais de 50 livros publicados, entre ensaio, ficção e teatro, incluindo as obras O Ocidente e o Resto, Guia de Filosofia para Pessoas Inteligentes, Beleza e Breve História da Filosofia Moderna, editados em Portugal pela Guerra e Paz. Fundou a revista de orientação conservadora The Salisbury Review, que editou de 1982 a 2001, e escreveu artigos na imprensa britânica com regularidade.
*
Roger
Scruton Was a Conservative.
But What
Kind?
The philosopher, who died this month, defied stereotypes by remaining true to his moral sensibility.
Jan. 29, 2020
https://www.nytimes.com/2020/01/29/opinion/roger-scruton.html
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ISBN: 9789896168001
Editor: Gradiva
Dimensões: 134 x 207 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 152
Coleção: Filosofia Aberta
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Neste
livro, Roger Scruton lança um olhar original sobre a natureza humana, sem
deixar de ter em conta os mais sólidos resultados científicos — da biologia à
ciência cognitiva e da psicologia à etologia — mas também o legado das artes e
da cultura em geral. E consegue fazê-lo com elegância e concisão, sem
tecnicismos nem referências gratuitas.
Ao
defender que o ser humano não é apenas um animal racional, Scruton procura, de
forma corajosa mas tranquila, mostrar como se pode fazer uma leitura do que as
ciências têm para nos contar muito diferente da que tem sido habitual. Nesse
sentido, Scruton rejeita não só as perspectivas de muitos psicólogos
evolucionistas, mas também as concepções morais utilitaristas e sobretudo as
abordagens materialistas da natureza humana — como as de Daniel Dennett e
Richard Dawkins —, argumentando que não encontraremos a verdadeira natureza
humana em animais racionais despojados dos elos essenciais que, além da
biologia e da racionalidade, nos definem como seres que partilham um mesmo
universo de valor. De acordo com Scruton, é neste universo de fidelidades,
obrigações, direitos e relações que se descobre o eu que cada um de nós é e se
revela a nossa natureza singular: a de sermos pessoas. Isto, sustenta Scruton,
é algo que nenhuma categoria biológica permite compreender.
É
no contexto dessa concepção da natureza humana decididamente personalista que
Scruton nos fala do significado humano do riso, da sexualidade, do prazer, da
culpa ou da moral, transferindo para quem o lê uma enorme bagagem literária e
cultural que, mesmo quando defende pontos de vista não coincidentes com os do
leitor, não deixa de ser intelectualmente gratificante.
Este
é um livro que, apesar da relevância e centralidade do tema, não exige qualquer
iniciação filosófica prévia, pelo que certamente interessa a qualquer pessoa
culta e com os mais diversos interesses pessoais e profissionais.
(Post by Zé Marrana)
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