(Jeff Barnell / Herbert Pagani / Guido Lombardi)
N'importe où, en prison, à l'école
Tu la prends comme on prend la rougeole
Tu la prends comme on prend un virage
C'est plus
Et c'est moins compliqué que l'amour
Et c'est là, quand t'es rond comme une bille
Et c'est là, quand tu cries au secours
C'est le seul carburant qu'on connaisse
Qui augmente à mesure qu'on l'emploie
Le vieillard y retrouve sa jeunesse
Et les jeunes en ont fait une loi
C'est la banque de toutes les tendresses
C'est une arme pour tous les combats
Ça réchauffe et ça donne du courage
Et ça n'a qu'un slogan "on partage"
Le ciel est plus beau
Viens boire à l'amitié
Mon ami Pierrot
Un regard et tu as tout compris
Et c'est comme "S. O. S. Dépannage"
Tu peux téléphoner jour et nuit
L'amitié, c'est le faux témoignage
Qui te sauve dans un tribunal
C'est le gars qui te tourne les pages
Quand t'es seul dans un lit d'hôpital
C'est la banque de toutes les tendresses
C'est une arme pour tous les combats
Ça réchauffe et ça donne du courage
Et ça n'a qu'un slogan "on partage"
Le ciel est plus beau
Viens boire à l'amitié
Mon ami Pierrot
Não importa onde, na prisão, na escola
Apanha-se como se apanha o sarampo
Apanha-se como se apanha uma virose
É mais forte que os laços de família
E é menos complicado que o amor
E está lá, quando estás redondo como uma bola
E está lá, quando gritas por socorro
É o único carburante conhecido
Que aumenta à medida que se usa
O velhote encontra nela a sua juventude
E os jovens fazem dela uma lei
É o banco de todas as ternuras
É uma arma para todos os combates
Aquece-nos e dá-nos coragem
E tem apenas um slogan: "partilha-se"
O céu é mais belo
Vem beber à amizade
Meu amigo Pierrot
Um olhar e compreendes tudo
E é como "S.O.S. Desempanagem"
Podes telefonar dia e noite
A amizade é o falso testemunho
Que te salva num tribunal
É o gajo que te vira as páginas
Quando estás só numa cama de hospital
É o banco de todas as ternuras
É uma arma para todos os combates
Aquece-nos e dá-nos coragem
E tem apenas um slogan: "partilha-se"
O céu é mais belo
Vem beber à amizade
Meu amigo Pierrot
Canção composta e editada em França em 1975, num single
Pathé (2C 010-14.249), com "Messieurs les Présidentes" no lado B, tornou-se
rapidamente num tema icónico de Herbert Pagani, que o cantava invariavelmente
no final dos seus espectáculos, quando pedia a todas as pessoas para darem as mãos
e as erguerem bem alto. Era sempre um momento emotivo e envolvente, e eu tive a
felicidade de fazer parte dessa magia no Coliseu de Lisboa, nesse já longínquo
24 de Abril de 1980. Pagani festejava no dia seguinte trinta e seis anos
(nasceu a 25 de Abril de 1944 em Tripoli, na Líbia) e a esperança ainda se
vivia a cada esquina. Quando deixou Portugal, pela última vez, levava na mala
de viagem um pacote de SG Gigante, porque, conforme confidenciou na altura ao
semanário “Sete”, «um País, para se conhecer, também se tem que fumar.»
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