sexta-feira, 25 de novembro de 2022

"O ALTAR DE VÉNUS" (ANÓNIMO)

 

Título original: The Altar of Venus
Editora: Círculo de Leitores (Março de 1990)
Tradução: Maria Emília Ferros Moura
Capa: Rochinha Diogo
ISBN: 972-420-015-9
Capa dura
Comprado por 5€ em Novembro de 2022 (Leilão no FB)

Apesar desta história constituir a autobiografia erótica de um dos nossos mais famosos contemporâneos, cujo nome é apenas do conhecimento do secretário desta sociedade, não lhe falta acção e impacte. Situa-se muito acima da vulgar literatura erótica. Representa a pesquisa franca e honesta que um homem faz da sua mente em busca da resposta àquela pergunta que o mundo coloca em todas as épocas, o enigma do Universo: Porquê e como é o sexo e as profundezas a que mergulha? Nada há que se lhe compare em escritos anteriores no âmbito da psicossexualidade.

Deixamos ainda uma palavra sobre a maneira como este manuscrito veio parar-nos à mão. Sem erguermos demasiado o véu, podemos informar que, algures, nos últimos dois anos, faleceu um dos elementos com funções dirigentes na nossa sociedade. Era um desportista, um membro da Câmara dos Lordes, um dos pilares da nossa Igreja e jamais tido por libertino. As suas memórias revelam-no agora igualmente como um príncipe na nobreza da Pornografia. Nos últimos anos de vida recolheu, ao que parece, a satisfação sexual através das recordações. Jamais lhe ocorreu, indubitavelmente, que algum dia seriam lidas por outros olhos. (...) O leitor irá achá-lo de um rigor científico até ao mais ínfimo pormenor. Caracteriza-se por um extraordinário brilhantismo no retrato da vida amorosa de alguém que considerava a mulher como fulcro da vida. Tanto quanto sabemos, não existe qualquer outra obra que reflicta tão fielmente os vários impulsos eróticos que assaltam a Humanidade. (da Introdução)

(...) Continuava afogueado pela emoção, mas começava a recompor-me e, enquanto me desembaraçava da roupa, os meus olhos devoravam o delicioso espectáculo da sua nudez. Se era bonita vestida, era cem vezes mais bonita despida. Como me surgia diferente daquelas rapariguinhas de peito chato e traseiros pequenos, cujos corpos sómente diferiam do dos rapazes num pequeno detalhe! Aquelas ancas redondas e cheias, a cintura vincada, as pernas e coxas de uma maturidade simétrica, os seios tão grandes e alvos com os lascivos mamilos róseos! Enquanto a contemplava, aqueles biquinhos semelhantes a morangos pareciam mudar de forma. Ressaltavam endurecidos de uma forma sedutora e assumindo uma coloração mais escura. E o encanto dos encantos residia naquela profusão de caracóis negros de cabelo que formavam um triângulo tão perfeito e real na base do estômago como se tivesse sido desenhado com régua e caneta. Marcadamente visível sob o bico invertido do triângulo, via-se a incisão bem delineada do sexo, ao curvar-se graciosamente para o interior entre umas coxas brancas e redondas. Ao observar a minha excitação e o espanto que me fazia arregalar os olhos, ela soltou uma gargalhada e enlaçou-me, ao mesmo tempo que começava a beijar-me. (...)

(Post by Jota Marques)

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