quarta-feira, 23 de novembro de 2022

OS CONTOS DE EDGAR ALLAN POE

 
Editora: Temas e Debates / Círculo de Leitores (Novembro 2014)
Tradução: J. Teixeira de Aguilar
Capa. Ana Monteiro
ISBN: 978-989-644-319-1
Dimensões: 174 X 255 X 51 mm
Capa dura
Nº de páginas: 952
Comprado por 19,52€ na Bertrand-on-line, Novembro 2022

Esta edição dos contos de Edgar Allan Poe é uma verdadeira obra de arte! Quem nunca sonhou em ter uma colectânea completa dos contos de Edgar Allan Poe num só livro com uma encadernação fantástica? Este livro traz-nos os contos mais arrepiantes e de suster a respiração que o autor escreveu. Os clássicos todos, os menos conhecidos, os mais emblemáticos, os mais traduzidos, os completamente desconhecidos, estão lá todos... ainda para mais, numa edição cuidada e muito bonita.

Edgar Allan Poe é um dos autores mais publicados do mundo, conhecido pela genialidade expressa também nos seus famosos contos de terror e em algumas das histórias de detectives mais macabras jamais escritas, como "A Queda da Casa de Usher", "Os Crimes da Rua Morgue" ou "O Escaravelho de Ouro". Notável mestre do suspense, Poe também era poeta e, como demonstram os seus contos sobre hipnotismo e viagens no tempo, foi um pioneiro da ficção científica.

MINI-BIOGRAFIA:

Escritor norte-americano nascido a 9 de janeiro de 1809, em Boston, e falecido a 7 de outubro de 1849. Filho de dois atores de Baltimore, David Poe Junior e Elizabeth Arnold Poe, ficou órfão com apenas dois anos de idade e desde cedo aprendeu a sobreviver sozinho. Foi adoptado por uma família de comerciantes ricos de Richmond, de quem recebeu o apelido Allan. Entre 1815 e 1820, a família Allan viveu em Inglaterra e na Escócia, onde Poe recebeu uma educação tradicional, regressando depois a Richmond. Poe foi para a Universidade da Virgínia em 1826, onde estudou grego, latim, francês, espanhol e italiano, mas desistiu do curso onze meses depois por causa do seu vício do jogo e do álcool. Resolveu então ir para Boston, onde publicou em 1827 um fascículo de poemas da juventude de inspiração byroniana, "Tamerlane and Other Poems". Em 1829 publicou o seu primeiro volume de poemas, com o título "Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poems", onde se denota a influência de John Milton e Thomas Moore. Foi então para Nova Iorque, onde publicou outro volume, contendo alguns dos seus melhores poemas e onde se evidencia a influência de Keats, Shelley e Coleridge. Em 1835 estreou-se como diretor do jornal Southern Literary Messenger, em Richmond, onde se tornaria conhecido como crítico literário, mas veio a ser despedido do seu cargo alegadamente por causa do seu problema da bebida. O álcool viria aliás a ser o estigma que marcaria toda a sua vida até à morte. Casou-se nesse mesmo ano com a sua prima de apenas treze anos, Virgínia Clemm, e o casal resolveu então instalar-se em Nova Iorque, onde não chegou a permanecer muito tempo. Foi em Filadélfia que Poe alcançou fama através de vários volumes de poemas e histórias de mistério e de terror. Em 1838 escreveu "The Narrative of Arthur Gordon Pym", obra de prosa em que combinou factos reais com as suas fantasias mais insanes. Em 1839 tornou-se codiretor do Burton's Gentleman's Magazine em Filadélfia, e nesse mesmo ano escreveu várias obras que o tornaram famoso pelo seu estilo de literatura ligado ao macabro e ao sobrenatural. São elas "William Wilson" e "The Fall of the House of Usher". A primeira história policial surgiu apenas em 1841, na revista Graham's Lady's and Gentleman's Magazine, sob o nome "The Murders of the Rue Morgue", e em 1843 Poe recebeu o seu primeiro prémio literário com a obra "The Gold Bug". Em 1844 regressou a Nova Iorque e tornou-se subdirector do New York Mirror. Na edição de 29 de janeiro de 1845 deste jornal surgiu o poema "The Raven", com o qual Poe atingiu o auge da sua fama nacional. Dois anos mais tarde morre a sua mulher Virgínia, mas Poe volta a casar, com Elmira Royster, em 1849. Porém, antes disso, Poe publica "Eureka", uma obra que deu azo a muita contestação por parte de alguns críticos da época e que é considerada uma dissertação transcendental sobre o universo, muito louvada por uns e detestada por outros. É de regresso à terra natal do seu pai que Poe começa a apresentar indícios de que o problema do alcoolismo já era de certo modo irreversível. De facto, ele esteve na origem da morte do escritor. A obra de Poe é o espelho da sua vida conturbada e dos seus hábitos e atitudes antissociais, que o levavam a ter uma escrita que ia para além dos padrões convencionais. Se por um lado foi vítima de certas circunstâncias que estavam para além do seu controle, como foi o facto de ter ficado órfão aos dois anos de idade, por outro fez-se escravo de um problema - o álcool - que agravaria a sua personalidade já de si inconstante, imprevisível e incontrolável.

(Post by Jota Marques)

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