O VENDAVAL LITERÁRIO
Fiódor Dostoiévski (Moscovo, 11.11.1821 - S. Petersburgo, 09.02.1881) foi um dos grandes precursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgínia Woolf entre outros. Nasceu no seio de uma família modesta, filho de um médico militar, e aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, "Gente Pobre". Após mais umas tentativas literárias, foi condenado à morte três anos depois, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de carácter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo.
Amnistiado em 1855, reassumiu a actividade literária e em 1866, com "Crime e Castigo", marca a rutura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exactidão e o valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a concepção da pena como redentora por meio da dor. A partir de 1866, inicia um período de actividade literária intensa com a publicação de algumas das suas obras mais importantes, entre elas "O Jogador" (1866), "O Idiota" (1869), "Demónios" (1872) e "Os Irmãos Karamázov" (1879-1880). Fiódor Dostoiévski faleceu em São Petersburgo, em 1881.
(https://www.presenca.pt/blogs/autores/fiodor-dostoievski)
(https://www.wook.pt/)
Para citar só mais algumas, outras obras do autor, a perfazer a dezena… ao sabor de lembranças e memórias já tão antigas… “Noites Brancas”, “Cadernos da Casa Morta”, “Humilhados e Ofendidos”, “Cadernos do Subterrâneo” e “Um Sonho do Tio”.
(Nina Guerra e Filipe Guerra) ou (António Pescada)
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