Roubaram-nos os abraços. Dizem eles. O que eles não sabem, e se calhar tu também ainda não sabes, é que eu continuo a abraçar-te. Tanto. Até à distância, que não é distância porque o coração não tem distância, abraço-te.
Abraço-te quando te olho. Quando o meu olhar chama o teu, abraço-te. Quando os meus olhos se cruzam com os teus, quando os nossos olhos se encontram e nos olhamos por dentro, abraço-te. Naquele preciso segundo em que paramos o mundo para nos demorarmos num olhar mais fundo, abraço-te.
Abraço-te quando te sorrio. Quando o meu sorriso chama o teu, abraço-te. Quando o meu sorriso se cruza com o teu, quando os nossos sorrisos se encontram e nos sorrimos de dentro, abraço-te. Naquele preciso segundo em que paramos o mundo para nos demorarmos num sorriso mais cúmplice, abraço-te.
Abraço-te quando te falo. Ou mesmo quando não te falo mas nunca me esqueço de ti.
Abraço-te quando e porque te amo. Quando o meu coração chama o teu, abraço-te. Quando o meu coração se cruza com o teu, quando os nossos corações se encontram e nos moramos por dentro, abraço-te.
(...)
Roubaram-nos os abraços. Dizem eles. O que eles não sabem, e se calhar nós também ainda nos esquecemos, é que enquanto existir o amor, ninguém consegue roubar abraços. O amor abraça-nos sempre além dos braços. E o amor nunca se rouba. É isso que nos salva. E que nos abraça para sempre.
Fecha os olhos. Sente bem, no teu coração. Sentes? Abraço-te.
Daniela Barreira
(Post by Jota Marques)
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