Um livro inspirado na
obra-prima de Yasunari Kawabata "A Casa das Belas Adormecidas". Um jornalista
decide celebrar o seu nonagésimo aniversário oferecendo a si mesmo um presente
que o faça sentir que ainda está vivo: uma adolescente virgem. Num bordel vê
uma jovem de costas, completamente nua, e a sua vida muda radicalmente. E agora
que a encontrou, está prestes a morrer, não de velhice, mas sim de amor. "Memória
das Minhas Putas Tristes" é a história deste excêntrico e solitário ancião. O
leitor irá acompanhar as suas aventuras sexuais à medida que o próprio desfia
as suas memórias. Após noventa anos de uma vida árida - passada a escrever
crónicas e resenhas maçadoras para um jornal provinciano, a dar aulas de
castelhano e latim a alunos tão sem perspectivas de futuro quanto ele, e, acima
de tudo, a deambular de bordel em bordel, só tendo tido relações com mulheres a
quem pagou -, inesperadamente, e pela primeira vez, encontra o verdadeiro amor.
Um romance cheio de sensibilidade que nos convida a pensar nos valores e nos
sentimentos que a vida nos desperta, nas mais variadas situações. Escrito no
estilo incomparável de Gabriel García Márquez, este curto romance é uma
comovente reflexão sobre os infortúnios da velhice e, ao mesmo tempo, um hino
às alegrias da paixão.
Fotocomposição: Júlio de Carvalho
ISBN: 989-609-112-9
MINI-BIOGRAFIA:
Escritor colombiano nascido a 6 de Março de 1927 em Aracataca, um pequeno entreposto do comércio de bananas. Desde logo deixado ao cuidado dos seus avós, um coronel na reserva, ex-combatente na guerra civil, e uma apaixonada pelas tradições orais indígenas, estudou na austeridade de um colégio de jesuítas. Terminandos os estudos secundários, ingressou no curso de Direito da Universidade de Bogotá, mas não chegou a concluí-lo. Fascinado pela escrita, transferiu-se para a Universidade de Cartagena, onde recebeu preparação académica em Jornalismo. Publicou o seu primeiro conto, "La Hojarasca", em 1947. No ano seguinte, deu início a uma carreira como jornalista, colaborando com inúmeras publicações sul-americanas. No ano de 1954 foi especialmente enviado para Roma, como correspondente do jornal El Espectador mas, pouco tempo depois, o regime ditatorial colombiano encerrou a redacção, o que contribuiu para que Márquez continuasse na Europa, sentindo-se mais seguro longe do seu país.
Em 1955 publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de contos que já haviam aparecido em publicações periódicas, e que levou o título do mais famoso, "La Hojarasca". Passando despercebida pelo olhar da crítica, a obra inclui contos que lidam compassivamente com a realidade rural da Colômbia. Em 1967 publicou a sua obra mais conhecida, o romance "Cien Años De Soledad" ("Cem Anos de Solidão"), romance que se tornou num marco considerável no estilo denominado como realismo mágico. Em "El Otoño del Patriarca" (1977, "O Outono do Patriarca"), Márquez conta a história de um patriarca, cuja notícia da morte origina uma autêntica luta de poder.
Uma outra obra tida entre as melhores do escritor é "Crónica De Una Muerte Anunciada" (1981, "Crónica de uma Morte Anunciada"), romance que descreve o assassinato de um homem em consequência da violação de um código de honra. Depois de "El Amor En Los Tiempos De Cólera" (1985, "Amor em Tempos de Cólera"), o autor publicou "El General En Su Laberinto" (1989, "O General no Labirinto"), obra que conta a história da derradeira viagem de Simão Bolívar para jusante do Rio Magdalena. Em 2003, as Publicações D. Quixote editam, deste autor, "Viver para Contá-la", um volume de memórias de Gabriel García Márquez onde o autor descreve parte da sua vida. Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1982, Gabriel García Márquez morreu a 17 de abril de 2014, aos 87 anos, na sua casa da Cidade do México, ao lado da mulher Mercedes e dos seus dois filhos.
(Post by Jota Marques)
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