Ana Luisa Amaral
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SALOMÉ
Mesmo pensada,a traição tem saborque dulcifica
Como bater de remosou pequenas aragensinvade o coraçãoProtegida na escuridãoda menteganha fulgoresde coisa desejadaAmanos extremosdo saber
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A EXECUÇÃO
aqui está, minha filha:tu desejastee eu Executeie ela Pintou-oentre gesto e anseioe deu -meesta tristeza assim,partida ao meioe um sorriso suspensoe um olharde menos vidaque a vida Deleausente
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Quantas vezes te vie me surpreendi porque te olhava?sentindo a tentação de te espiare o desejo de amaro que não tinhaComo saberpelos sonhos mais nusque me assaltavamque eu não era paisagem para ti?Dizem luxúria sóonde houver amore um crime tão enorme de luxúria:mas eu quis-te indefesocomo festa,os teus lábios a festa para mimQuantas vezes me vipensando no meu crimee na história dos homensa julgar-me!Mas o que eu lina bandeja do crimeforam os olhos com que tume olhavas(finalmente eu paisagem)e a luxúriaque há sempreno amor
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Ana Luísa Amaral nasceu a 5 de abril de 1956, em Lisboa.
Autora de mais de três dezenas de livros, entre poesia, teatro, ficção, infantis e de ensaio, a sua obra está traduzida e publicada em diversos países.
Obteve várias distinções e prémios em Portugal e no estrangeiro, como a Medalha da Cidade de Paris, a Medalha de Ouro da Câmara Municipal do Porto, por serviços à Literatura, o Prémio Literário Correntes d’Escritas, o Premio de Poesía Fondazione Roma, o Grande Prémio de Poesia da APE, o Prémio PEN de Ficção, o Prémio Vergílio Ferreira, ou, ainda, o Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana.
Traduziu diferentes poetas, como Emily Dickinson, William Shakespeare ou Louise Glück. Foi professora jubilada da Faculdade de Letras do Porto e membro sénior do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, onde trabalhou nas áreas de poéticas comparadas e estudos feministas.
Morreu a 5 de agosto de 2022.
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Salomé – Wikipédia, a enciclopédia livre
(Post by Zé Marrana)
Já tinhas colocado a biografia da senhora no outro post. Andas distraído...
ResponderEliminarnão ando não, faz parte da retórica e da estrutura do 'post'...
EliminarMas afinal... quem cortou a cabecita do João? A Salomé ou a Heródias? Convém esclareceres...
ResponderEliminarA mãe, Heródias...
ResponderEliminarA víbora! E depois foi a filha que arcou com as culpas, só por ter acedido ao pedido da mãe!
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